O burnout é uma síndrome relacionada ao trabalho, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e incluída na CID-11 como um fenômeno ocupacional. Diferente do estresse passageiro, o burnout se caracteriza por um esgotamento físico e mental persistente, que compromete o desempenho profissional e a qualidade de vida.
Diferente do estresse passageiro, o burnout compromete a rotina diária de forma profunda e pode se manifestar em diferentes dimensões:
Muitas vezes, esses sinais são confundidos com problemas individuais, mas na verdade refletem condições organizacionais. Entre as causas mais comuns estão o excesso de demandas, a falta de apoio da liderança e a ausência de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Nos últimos anos, o burnout ganhou espaço nas discussões de RH e saúde corporativa. O cenário pós-pandemia, aliado à intensificação do trabalho remoto e à pressão por resultados rápidos, fez com que os casos aumentassem em diferentes setores. Hoje, entender e prevenir a síndrome é essencial para líderes que desejam preservar o bem-estar dos times e reduzir riscos de afastamentos.
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O estudo Work in Progress da Buk (2025), conduzido em diversos países da América Latina, analisou a síndrome de burnout no trabalho e mostrou a dimensão real do problema nas empresas da região. Os dados apontam que 46% dos colaboradores relataram ter experimentado sintomas de burnout ao menos uma vez no último ano.
Dentro desse grupo:
Esses números revelam que quase 1 em cada 2 trabalhadores foi impactado pelo esgotamento ocupacional em 2024 — um alerta importante para líderes e gestores de RH. O dado também reforça que o burnout pode reincidir quando as causas relacionadas ao trabalho não são solucionadas.
O estudo mostra que a Geração Z (17%) e os Millennials (14%) apresentam índices mais elevados de burnout frequente. Já nas gerações mais maduras, os casos diminuem: 10% na Geração X e 8% entre Baby Boomers.
Isso mostra que precisamos prestar mais atenção às novas gerações. Elas enfrentam pressão para ter um bom desempenho e carreiras rápidas. Além disso, lidam com o desafio de equilibrar trabalho e vida pessoal.
Outro ponto relevante é a diferença entre gêneros. Duas em cada dez mulheres afirmaram ter vivido burnout frequente, contra um em cada dez homens.
A disparidade aumenta quando se analisa o impacto da parentalidade: entre pessoas com filhos menores de 12 anos, 15% das mulheres relataram burnout, contra 12% dos homens. Essa tendência também se repete entre quem não tem filhos (15% das mulheres versus 11% dos homens).
Esses resultados confirmam uma realidade já apontada em outros estudos: as mulheres acumulam mais responsabilidades de cuidado, o que as expõe a níveis mais altos de exaustão emocional e afeta diretamente sua experiência de trabalho.
O relatório mostra que o burnout não é só um problema individual. É também um problema das organizações e da sociedade. Precisamos enfrentá-lo com políticas firmes nas empresas, apoio dos líderes e atenção às diferentes realidades de gênero e gerações.
O burnout raramente surge de um dia para o outro. Trata-se de um transtorno que se desenvolve de forma gradual, quando o equilíbrio entre vida profissional e pessoal se rompe. De acordo com a cartilha oficial do governo brasileiro, “essa síndrome pode resultar em estado de depressão profunda e, por isso, é essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas”.
Nesse cenário, líderes e gestores precisam estar atentos aos sinais de alerta que podem indicar esgotamento em seus times e agir o quanto antes para evitar condições prolongadas de trabalho sob pressão, estresse e sobrecarga. Mas como identificar que um colaborador pode estar sofrendo com o transtorno, ou prestes a desenvolver?
Mais do que reconhecer os sintomas, o papel do RH é criar condições que reduzam os gatilhos do burnout. Algumas estratégias incluem:
👉 Quando aliados à tecnologia, esses esforços permitem ao RH antecipar riscos, apoiar líderes na tomada de decisão e criar políticas sustentáveis que protejam a saúde mental e reduzam o impacto do burnout nas organizações.
Fixe na causa e não nos sintomas do burnout e atue para combater esse desafio de forma estratégica.
Mais do que adotar ferramentas ou processos isolados, é essencial que as empresas voltem seu olhar estratégico para o trabalho e construam planos consistentes para enfrentar o burnout. Isso significa alinhar políticas de saúde mental, benefícios, cultura organizacional e capacitação de líderes a um mesmo objetivo: proteger as pessoas e promover ambientes sustentáveis.
Nesse contexto, as plataformas modernas de RH são grandes aliadas. Elas ajudam a monitorar o clima organizacional. Também permitem mapear riscos de esgotamento. Além disso, apoiam líderes a criar times mais engajados e saudáveis.
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