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Gestão de Pessoas / Tendências de RH

Burnout no trabalho: sintomas, causas e como evitar a síndrome

<span id=hs_cos_wrapper_name class=hs_cos_wrapper hs_cos_wrapper_meta_field hs_cos_wrapper_type_text style= data-hs-cos-general-type=meta_field data-hs-cos-type=text Burnout no trabalho: sintomas, causas e como evitar a síndrome

| 6 Minutos de leitura

| 18 Agosto, 2025


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O burnout é uma síndrome relacionada ao trabalho, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e incluída na CID-11 como um fenômeno ocupacional. Diferente do estresse passageiro, o burnout se caracteriza por um esgotamento físico e mental persistente, que compromete o desempenho profissional e a qualidade de vida.

O que é burnout e por que ganhou tanta relevância no trabalho

Diferente do estresse passageiro, o burnout compromete a rotina diária de forma profunda e pode se manifestar em diferentes dimensões:

 

  • Cognitivos: dificuldade de concentração, lapsos de memória;

  • Emocionais: irritabilidade, apatia, sensação de fracasso;

  • Comportamentais: isolamento, procrastinação, queda no engajamento;

  • Fisiológicos: fadiga constante, insônia, dores musculares e cefaleias.

Muitas vezes, esses sinais são confundidos com problemas individuais, mas na verdade refletem condições organizacionais. Entre as causas mais comuns estão o excesso de demandas, a falta de apoio da liderança e a ausência de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

 

Nos últimos anos, o burnout ganhou espaço nas discussões de RH e saúde corporativa. O cenário pós-pandemia, aliado à intensificação do trabalho remoto e à pressão por resultados rápidos, fez com que os casos aumentassem em diferentes setores. Hoje, entender e prevenir a síndrome é essencial para líderes que desejam preservar o bem-estar dos times e reduzir riscos de afastamentos.

 

📌 Leia também: Como funciona o afastamento pelo INSS e conheça os diferentes tipos de afastamentos e seus impactos para as empresas.

 

Burnout em 2025: estudo revela sintomas e impacto no trabalho

O estudo Work in Progress da Buk (2025), conduzido em diversos países da América Latina, analisou a síndrome de burnout no trabalho e mostrou a dimensão real do problema nas empresas da região. Os dados apontam que 46% dos colaboradores relataram ter experimentado sintomas de burnout ao menos uma vez no último ano.

Dentro desse grupo:

  • 16% vivenciaram a síndrome poucas vezes;
  • 16% algumas vezes;
  • 10% muitas vezes;
  • 4% afirmaram ter sofrido burnout de forma constante.

Esses números revelam que quase 1 em cada 2 trabalhadores foi impactado pelo esgotamento ocupacional em 2024 — um alerta importante para líderes e gestores de RH. O dado também reforça que o burnout pode reincidir quando as causas relacionadas ao trabalho não são solucionadas.

 

Burnout e gerações: os mais jovens são os mais afetados

O estudo mostra que a Geração Z (17%) e os Millennials (14%) apresentam índices mais elevados de burnout frequente. Já nas gerações mais maduras, os casos diminuem: 10% na Geração X e 8% entre Baby Boomers.

Isso mostra que precisamos prestar mais atenção às novas gerações. Elas enfrentam pressão para ter um bom desempenho e carreiras rápidas. Além disso, lidam com o desafio de equilibrar trabalho e vida pessoal.


Diferenças de gênero e contexto familiar

Outro ponto relevante é a diferença entre gêneros. Duas em cada dez mulheres afirmaram ter vivido burnout frequente, contra um em cada dez homens.

A disparidade aumenta quando se analisa o impacto da parentalidade: entre pessoas com filhos menores de 12 anos, 15% das mulheres relataram burnout, contra 12% dos homens. Essa tendência também se repete entre quem não tem filhos (15% das mulheres versus 11% dos homens).

 

Esses resultados confirmam uma realidade já apontada em outros estudos: as mulheres acumulam mais responsabilidades de cuidado, o que as expõe a níveis mais altos de exaustão emocional e afeta diretamente sua experiência de trabalho.


O relatório mostra que o burnout não é só um problema individual. É também um problema das organizações e da sociedade. Precisamos enfrentá-lo com políticas firmes nas empresas, apoio dos líderes e atenção às diferentes realidades de gênero e gerações.

 

Infográfico sobre burnout na América Latina, destacando recorrência da síndrome, sinais de esgotamento físico e mental, e impacto na produtividade.

Sinais de alerta para líderes e estratégias de RH contra o burnout

O burnout raramente surge de um dia para o outro. Trata-se de um transtorno que se desenvolve de forma gradual, quando o equilíbrio entre vida profissional e pessoal se rompe. De acordo com a cartilha oficial do governo brasileiro, “essa síndrome pode resultar em estado de depressão profunda e, por isso, é essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas”.

 

Nesse cenário, líderes e gestores precisam estar atentos aos sinais de alerta que podem indicar esgotamento em seus times e agir o quanto antes para evitar condições prolongadas de trabalho sob pressão, estresse e sobrecarga. Mas como identificar que um colaborador pode estar sofrendo com o transtorno, ou prestes a desenvolver?

  • Queda repentina de produtividade ou aumento de erros;

  • Absenteísmo e afastamentos frequentes por motivos de saúde;

  • Isolamento social ou perda de interesse nas interações com colegas;

  • Fadiga constante, reclamações de falta de energia ou insônia;

  • Mudanças de comportamento, como irritabilidade, procrastinação ou falta de engajamento.

Como o RH pode agir de forma estratégica

Mais do que reconhecer os sintomas, o papel do RH é criar condições que reduzam os gatilhos do burnout. Algumas estratégias incluem:

1. Uso de softwares de gestão de pessoas

  • Ferramentas de clima organizacional e engajamento ajudam a identificar quedas de satisfação antes que se transformem em afastamentos.

  • Plataformas de  gestão de desempenho possibilitam feedbacks contínuos, diminuem a sobrecarga de avaliações anuais e dão visibilidade às conquistas dos colaboradores.

2. Dinâmicas de bem-estar e cultura

  • Programas de escuta ativa e rodas de conversa para que colaboradores compartilhem suas dificuldades.

  • Dinâmicas de integração e reconhecimento que reforcem o senso de pertencimento e diminuam o isolamento.

3. Benefícios que apoiam a saúde integral

  • Acesso a programas de saúde mental, como terapia online e meditação guiada.

  • Políticas de flexibilidade (home office híbrido, horários ajustáveis) que favoreçam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

  • Incentivo a pausas saudáveis, como ginástica laboral, alongamentos e uso consciente de dias de descanso.

4. Análise de dados para decisões inteligentes

  • Monitoramento de absenteísmo, rotatividade e afastamentos médicos por meio de soluções integradas de RH.

  • Cruzamento de dados da folha de pagamento e banco de horas para identificar padrões de sobrecarga de trabalho.

👉 Quando aliados à tecnologia, esses esforços permitem ao RH antecipar riscos, apoiar líderes na tomada de decisão e criar políticas sustentáveis que protejam a saúde mental e reduzam o impacto do burnout nas organizações.

 

Como evitar e enfrentar o burnout nas empresas

  1. Políticas de equilíbrio entre vida pessoal e trabalho
    Incentivar limites claros, flexibilização de horários, modelo híbrido e incentivo às pausas e férias regulares, garantindo que o colaborador tenha tempo para recarregar suas energias 
  2. Programas de apoio psicológico
    Oferecer benefícios como terapia online, mindfulness, ambulatórios corporativos e quick massage, além de criar canais de escuta para feedbacks do dia a dia e denúncias de práticas não saudáveis 
  3. Capacitação de líderes para gestão empática
    Treinar gestores para delegar com estratégia, identificar sinais de sobrecarga na equipe e agir com empatia — criando um ambiente que previne o esgotamento emocional 
  4. Monitoramento de métricas de bem-estar e absenteísmo
    Acompanhar indicadores de saúde ocupacional, turnover, afastamentos médicos e clima organizacional, usando essas informações para embasar ações estratégicas e corretivas

    Um novo olhar sobre o trabalho para combater o burnout

Fixe na causa e não nos sintomas do burnout e atue para combater esse desafio de forma estratégica.

 

Mais do que adotar ferramentas ou processos isolados, é essencial que as empresas voltem seu olhar estratégico para o trabalho e construam planos consistentes para enfrentar o burnout. Isso significa alinhar políticas de saúde mental, benefícios, cultura organizacional e capacitação de líderes a um mesmo objetivo: proteger as pessoas e promover ambientes sustentáveis.

 

Nesse contexto, as plataformas modernas de RH são grandes aliadas. Elas ajudam a monitorar o clima organizacional. Também permitem mapear riscos de esgotamento. Além disso, apoiam líderes a criar times mais engajados e saudáveis.

 

👉 Se você deseja aprofundar esse tema e conhecer práticas aplicáveis ao seu negócio, visite nosso blog e explore conteúdos estratégicos que podem transformar a forma como sua empresa cuida do bem-estar no trabalho.

 

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Perguntas Frequentes

Quais são os principais sintomas da síndrome de burnout no trabalho?

Os sintomas incluem fadiga constante, queda de produtividade, isolamento social, irritabilidade e problemas de sono, podendo evoluir para depressão.

O burnout pode atingir todas as gerações da força de trabalho?

Sim, mas o estudo Buk 2025 mostrou que Geração Z e Millennials são mais afetados, devido à pressão por desempenho e dificuldade em equilibrar vida pessoal e profissional.

Por que o burnout é considerado um problema organizacional e não apenas individual?

Porque suas causas estão ligadas a fatores do ambiente de trabalho, como excesso de demandas, falta de apoio da liderança e ausência de equilíbrio entre vida pessoal e profissional. 

Olá! Sou a Lorena, criadora de conteúdo na Buk. Amo escrever, contar histórias e traduzir mundos com propósitos tra...

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