Tabela INSS 2026: alíquotas, faixas e como calcular

A tabela INSS 2026 ainda não foi publicada oficialmente. Enquanto isso, veja a tabela vigente e o passo a passo. Atualizaremos assim que houver publicação oficial.

A atualização anual é esperada, e o Calendário do INSS de 2026 deve seguir o mesmo padrão, com a publicação prevista entre os dias 10 e 15 de janeiro de  2026.

A tabela do INSS é um instrumento essencial para RH e DP, pois estabelece as alíquotas progressivas de contribuição previdenciária  sobre a remuneração dos trabalhadores. Ela é usada mensalmente para calcular o desconto do INSS na folha de pagamento, garantindo o recolhimento correto à Previdência Social e considerando o reajuste do salário mínimo.

Neste conteúdo explicamos como funciona a tabela do INSS vigente, quais são suas alíquotas, como calcular o desconto corretamente e quais impactos ela traz para a gestão de pessoas.

O que é a tabela do INSS e para que ela serve

A tabela do INSS é o instrumento que define quanto cada trabalhador contribui mensalmente para a Previdência Social, com base em sua remuneração.

Ela serve para:

• Garantir acesso a benefícios previdenciários (aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, entre outros);
• Padronizar os descontos aplicados na folha de pagamento;
• Assegurar que empresas estejam em conformidade com a legislação trabalhista e previdenciária.

Quem pode contribuir para o INSS?

Qualquer pessoa que exerça atividade remunerada no Brasil é considerada segurada obrigatória do INSS.

Essa obrigatoriedade inclui diversas categorias, como:

• Empregados registrados
• Empresários
• Trabalhadores autônomos
• Profissionais liberais
• Trabalhadores rurais

A obrigatoriedade de contribuição abrange a maioria dos trabalhadores com atividade remunerada, no entanto, a contribuição ao INSS também é acessível a quem não se encaixa nas categorias de segurado obrigatório. É o caso dos segurados facultativos, 

que são indivíduos maiores de 16 anos que não exercem nenhuma atividade remunerada, mas optam por contribuir para ter acesso aos benefícios previdenciários (como pessoas responsáveis pelo lar, estudantes e desempregados). O RH deve conhecer essa categoria para orientar corretamente colaboradores em licença não remunerada ou dependentes que busquem a cobertura previdenciária.

Tabela do INSS 2026 (em atualização)

Aguardando publicação oficial

Última atualização do conteúdo: 24/12/2025

Tabela do INSS vigente: alíquotas e faixas salariais

A tabela de contribuição do INSS segue o modelo progressivo, com alíquotas aplicadas conforme a faixa salarial, conforme previsto na legislação previdenciária.

👉 Alíquotas do INSS do ano vigente (exemplo):

• Até a primeira faixa salarial: aplicação da menor alíquota
• Faixas intermediárias: aplicação de alíquotas progressivamente maiores
• Acima do teto do INSS: a contribuição fica limitada ao valor máximo permitido

Para entender melhor: é importante destacar que o trabalhador não contribui sobre o valor total do salário com uma única alíquota.

A progressividade no sistema de contribuições do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é uma estrutura que visa a justiça e a proporcionalidade à renda do trabalhador. Em vez de uma alíquota fixa, a contribuição é escalonada: a remuneração é dividida em faixas, e cada faixa possui uma alíquota (percentual de contribuição) maior que a anterior. Esse método garante que quem tem renda maior contribua com um percentual superior, reduzindo o impacto da contribuição sobre os salários mais baixos.

Como funciona o cálculo progressivo do INSS

O cálculo progressivo significa que:

• Cada parte do salário é tributada com uma alíquota diferente;
• As alíquotas incidem apenas sobre o valor correspondente à faixa.
  
  

Esse modelo exige atenção do RH, pois erros de cálculo podem gerar:

• Descontos incorretos no holerite;
• Questionamentos em fiscalizações;
  
• Retrabalho no fechamento da folha.

Exemplo prático de cálculo do INSS no ano em curso

Imagine um colaborador com salário bruto mensal. No cálculo progressivo do INSS:

1. A primeira faixa salarial é tributada com a menor alíquota
2. A segunda faixa recebe uma alíquota intermediária
3. O valor restante segue a alíquota correspondente à faixa seguinte, até o limite do teto do INSS

O valor final do INSS corresponde à soma dos descontos de cada faixa, e não à aplicação de um percentual único sobre o salário total.

Esse é um dos pontos que mais geram dúvidas entre colaboradores, o que reforça a importância de uma comunicação clara por parte do RH.

Importante: a legislação previdenciária estabelece que o cálculo do INSS deve ser realizado de forma progressiva, faixa a faixa, com base nas alíquotas e limites oficialmente divulgados.

Na prática, alguns sistemas de folha de pagamento e planilhas utilizam fórmulas matemáticas simplificadas para alcançar o mesmo resultado, aplicando uma alíquota única acompanhada de um valor de dedução. Esse recurso, no entanto, não integra a tabela oficial do INSS, não é divulgado pelo governo e não substitui o método legal de cálculo, sendo utilizado exclusivamente como uma forma operacional de simplificação.

Para fins didáticos, os exemplos a seguir utilizam uma fórmula matemática equivalente ao cálculo progressivo por faixas, com aplicação da alíquota correspondente à faixa salarial e de um valor de dedução. Essa abordagem facilita a compreensão e a reprodução do cálculo, sem alterar o resultado final, mantendo total aderência às regras previdenciárias.

Cálculo do INSS – salário bruto de R$ 3.000

Cálculo do INSS – salário bruto de R$ 6.000

Qual é o teto do INSS

O teto do INSS é o valor máximo sobre o qual incide a contribuição previdenciária.

Mesmo que o salário do colaborador seja superior ao teto:

• O desconto do INSS será limitado;
• Não há contribuição sobre valores acima desse limite.

Esse fator impacta diretamente profissionais com salários mais altos e deve ser considerado em análises de custo de folha.

Cálculo detalhado do INSS atual – salário de R$ 9.000

O que esse exemplo deixa claro 🔍

• O desconto do INSS para de crescer ao atingir o teto
  
• Mesmo com salário de R$ 9.000, o colaborador contribui apenas até R$ 7.786,02
  
• O valor máximo de desconto mensal do INSS vigente é limitado
  
• O percentual efetivo de INSS cai proporcionalmente em salários mais altos

👉 Desconto efetivo sobre o salário bruto:

R$ 908,86 ≈ 10,1% do salário de R$ 9.000

INSS, 13º salário e férias: o que o RH precisa considerar

A aplicação da tabela do INSS vai além do salário mensal. Em períodos críticos do ano — especialmente entre novembro e dezembro — o RH precisa redobrar a atenção ao cálculo do 13º salário e da remuneração de férias, que também sofrem incidência de contribuição previdenciária, mas com regras específicas.

No caso do 13º salário, o desconto do INSS:

• é aplicado de forma separada da folha mensal;
• incide sobre o valor total do 13º, respeitando o teto de contribuição do INSS;
• pode variar conforme o valor pago em cada parcela.

Esse ponto costuma gerar dúvidas entre colaboradores, principalmente quando o desconto do 13º parece diferente do salário mensal. Por isso, é fundamental que o RH esteja alinhado às regras e consiga explicar com clareza o racional do cálculo. Para aprofundar esse tema e organizar melhor o calendário de fechamento da folha, vale conferir também o conteúdo sobre datas de pagamento do 13º salário, que ajuda a evitar erros operacionais e ruídos de comunicação interna.

Já em relação às férias, o INSS incide sobre a remuneração de férias, incluindo o adicional constitucional de um terço, conforme previsto na legislação trabalhista. Isso significa que:

• o desconto do INSS é obrigatório no pagamento das férias;
• o valor pode impactar o salário líquido recebido no mês;
• erros nesse cálculo podem gerar passivos trabalhistas e retrabalho para o DP.

Nesse contexto, compreender todos os descontos legais aplicáveis ao salário, e não apenas o INSS, é essencial para uma gestão de pessoas mais segura e transparente. Um bom ponto de apoio é o guia completo sobre descontos no salário segundo a CLT, que detalha o que pode — e o que não pode — ser descontado do colaborador.

Como o software de RH otimiza o cálculo do INSS

A integração de sistemas de RH com a folha de pagamento proporciona benefícios essenciais:

1. Cálculos automáticos e precisos: As alíquotas são aplicadas conforme a tabela do INSS vigente, eliminando erros manuais.
2. Conformidade legal assegurada: O sistema garante que todos os procedimentos estejam em dia com a legislação.
3. Maior eficiência operacional: A automação libera o tempo da equipe para tarefas mais estratégicas.
4. Transparência para os colaboradores: Facilita a visualização detalhada dos descontos, promovendo a confiança.

Precisão no cálculo do INSS como pilar de uma folha de pagamento eficiente

O correto cálculo do INSS com base na tabela atualizada é um dos pilares para um fechamento de folha de pagamento seguro, eficiente e em conformidade com a legislação. Pequenos erros na aplicação das alíquotas ou no entendimento do modelo progressivo podem gerar impactos relevantes — desde inconsistências no holerite até passivos trabalhistas e retrabalho para o time de RH e Departamento Pessoal.

Nesse cenário, o uso de tecnologia especializada em gestão de folha de pagamento deixa de ser apenas um facilitador operacional e passa a ser um aliado da estratégia. Sistemas atualizados reduzem a dependência de cálculos manuais, aumentam a precisão dos descontos, garantem aderência às regras previdenciárias e oferecem mais transparência tanto para o RH quanto para os colaboradores.

Além disso, é fundamental que líderes e gestores de RH estejam atentos ao fato de que a tabela do INSS é atualizada anualmente. 

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