Buk: um software de recursos humanos | Buk Blog

Workaholic: Sinais, Impactos e Como Evitar o Workaholismo

Escrito por Lorena Lopez | 23/10/2025 12:29:32

O termo workaholic tem ganhado espaço nas conversas do mundo corporativo, mas você sabe o que realmente está por trás desse comportamento? Mais do que apenas “amar o que faz”, o workaholismo representa uma relação desequilibrada com o trabalho, em que a produtividade passa a ocupar o centro da vida pessoal e profissional.

 

Neste artigo, vamos explicar o que é ser um workaholic, quais são os sinais de alerta mais comuns e de que forma esse hábito pode afetar a saúde física, mental e emocional dos colaboradores. Além disso, você vai conhecer estratégias práticas para reconhecer e prevenir o workaholismo dentro das equipes — fortalecendo uma cultura organizacional mais saudável, humana e sustentável.

 

O conteúdo é voltado a líderes, gestores e profissionais de RH que desejam promover um ambiente onde o trabalho seja fonte de realização, e não de esgotamento. Descubra como equilibrar desempenho e bem-estar, apoiando seus times a crescer com propósito, equilíbrio e saúde.

O que é um Workaholic?

O workaholismo descreve uma pessoa que desenvolve um vício em trabalhar — alguém que sente a necessidade constante de estar produzindo, mesmo quando não há prazos, cobranças ou demandas urgentes.

 

Mais do que gostar do que faz, o workaholic tem dificuldade em se desconectar, e acaba transformando o trabalho em uma compulsão.

 

Esse comportamento, muitas vezes confundido com “dedicação” ou “alta performance”, pode trazer consequências sérias. O excesso de trabalho afeta a saúde física e mental, interfere nos relacionamentos pessoais e compromete o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

 

No ambiente corporativo, o workaholismo também impacta as dinâmicas de equipe, criando padrões de exaustão coletiva e prejudicando a qualidade de vida no trabalho.

Características de um colaborador workaholic

O comportamento workaholic costuma se manifestar através de pequenos sinais que, com o tempo, se transformam em padrões de comportamento. Em geral, são pessoas extremamente comprometidas, mas que têm dificuldade em desacelerar — mesmo quando o trabalho já foi concluído.

 

Alguns comportamentos comuns incluem:

 

  • Trabalhar longas horas, ultrapassando o horário de expediente e levando tarefas para casa.

  • Evitar delegar responsabilidades, preferindo fazer tudo sozinho para manter o controle.

  • Pensar constantemente no trabalho, mesmo durante momentos de descanso ou lazer.

  • Sentir culpa ao descansar, como se o tempo livre fosse sinônimo de improdutividade.

Essa necessidade constante de estar produzindo faz com que o colaborador esteja fisicamente presente, mas emocionalmente exausto.


Com o tempo, essa sobrecarga pode gerar estresse crônico e evoluir para o burnout, uma síndrome reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que resulta do esgotamento físico e mental causado pelo trabalho excessivo.


Além de afetar a saúde individual, o burnout impacta o clima organizacional, reduz o engajamento e pode comprometer o desempenho das equipes.

Indicadores-Chave de Comportamento Workaholic e Estratégias de Identificação

A identificação de um padrão de workaholismo em colaboradores é um processo que exige uma análise comportamental criteriosa, fundamentada em observações e indicadores específicos. Do ponto de vista de Recursos Humanos, é crucial reconhecer os sinais precoces para intervir de forma proativa e mitigar os impactos negativos na saúde do indivíduo e no ambiente organizacional.

Sinais Comportamentais de Workaholismo:

A seguir, são apresentados os principais indicadores de workaholismo, com uma abordagem mais técnica e com base em evidências observacionais:

 

  • Negligência da Esfera Pessoal e Relacional: Colaboradores com tendências workaholics frequentemente demonstram uma redução significativa no engajamento em atividades sociais, familiares e de lazer. Isso se manifesta pela priorização constante de tarefas profissionais em detrimento de compromissos pessoais, levando ao isolamento social e ao comprometimento de relacionamentos interpessoais.

  • Manifestações de Ansiedade e Irritabilidade na Ausência de Trabalho: A incapacidade de se desconectar das responsabilidades profissionais gera sintomas de ansiedade e irritabilidade quando o indivíduo não está ativamente engajado em tarefas laborais. Esta sintomatologia sugere uma dependência psicológica do trabalho, onde a inatividade profissional é percebida como uma ameaça ao bem-estar ou à autoimagem.

  • Dificuldade em Desligar-se das Responsabilidades Profissionais: O workaholic apresenta uma persistente dificuldade em estabelecer limites claros entre a vida profissional e pessoal. Isso se traduz em pensamentos intrusivos relacionados ao trabalho, mesmo fora do horário de expediente, e na incapacidade de relaxar ou desfrutar de momentos de descanso sem a preocupação com tarefas pendentes. A constante ruminação sobre o trabalho pode levar a um esgotamento mental crônico.




    Como Identificar: O Papel do Feedback Contínuo e Diálogo 1-on-1


    Para identificar esses sinais, a empresa deve utilizar canais de comunicação contínua que promovam a escuta ativa e a observação:

    Feedback Contínuo e Diálogo 1-on-1 com Líderes:

  • Foco na Qualidade de Vida: Os líderes devem ir além da análise de desempenho de tarefas e incluir perguntas sobre o bem-estar e o equilíbrio vida-trabalho nas conversas 1-on-1. Isso cria um espaço seguro para que o colaborador mencione, por exemplo, a dificuldade em tirar férias (Negligência da Esfera Pessoal) ou a necessidade de verificar e-mails tarde da noite (Dificuldade em Desligar-se).

  • Monitoramento de Padrões: A frequência e o tom dos diálogos ajudam a identificar mudanças no comportamento, como o aumento da irritabilidade do colaborador em relação a tarefas não urgentes ou durante períodos de folga (Manifestações de Ansiedade).

  • Observação de Padrões de Trabalho: Em vez de focar apenas nas horas trabalhadas, o feedback contínuo deve abordar a sustentabilidade da produtividade. Questionar sobre a delegação de tarefas ou a recusa em tirar dias de folga são formas de observar a dificuldade em desligar-se.

    Diálogo com as Equipes:

  • Clima Organizacional: A observação da dinâmica da equipe pode revelar padrões de exaustão coletiva. Um colaborador workaholic pode, inadvertidamente, pressionar colegas ao enviar e-mails ou mensagens fora do expediente, comprometendo o limite de toda a equipe. O diálogo constante ajuda a identificar se um membro está causando essa pressão ou se está isolado devido à dedicação exclusiva ao trabalho.
  • Cultura de Limites: O feedback deve ser usado para reforçar a cultura de que "estar produzindo" o tempo todo não é sinônimo de alta performance. Líderes e equipes devem ser incentivados a respeitar os horários de desconexão.

    A intervenção precoce a partir da identificação desses sinais é fundamental para oferecer suporte e recursos antes que o workaholismo evolua para um burnout.

Burnout em 2025: estudo revela sintomas e impacto no trabalho

 

O estudo Work in Progress da Buk (2025), conduzido em diversos países da América Latina, analisou a síndrome de burnout no trabalho e mostrou a dimensão real do problema nas empresas da região. Os dados apontam que 46% dos colaboradores relataram ter experimentado sintomas de burnout ao menos uma vez no último ano.

Dentro desse grupo:

  • 16% vivenciaram a síndrome poucas vezes;
  • 16% algumas vezes;
  • 10% muitas vezes;
  • 4% afirmaram ter sofrido burnout de forma constante.

Esses números revelam que quase 1 em cada 2 trabalhadores foi impactado pelo esgotamento ocupacional em 2024 — um alerta importante para líderes e gestores de RH. O dado também reforça que o burnout pode reincidir quando as causas relacionadas ao trabalho não são solucionadas.

Como transformar o workaholismo em equilíbrio organizacional

O workaholismo não é apenas um comportamento individual — é um reflexo da cultura de trabalho e das pressões do ambiente corporativo. Reconhecer seus sinais e agir preventivamente é essencial para proteger a saúde mental dos colaboradores e manter equipes engajadas de forma sustentável.

 

Líderes e profissionais de RH devem promover conversas contínuas sobre equilíbrio e bem-estar, utilizando dados e ferramentas de acompanhamento para identificar padrões de sobrecarga antes que evoluam para o workaholismo. Cuidar da saúde mental é também uma forma de garantir retenção de talentos e um clima organizacional positivo.

 

Nesse cenário, as plataformas modernas de RH são grandes aliadas. Elas permitem monitorar o clima organizacional, mapear riscos de esgotamento e apoiar líderes na criação de times mais engajados e saudáveis — conectando tecnologia e empatia para promover um ambiente de trabalho mais humano.

 

👉 Se você deseja aprofundar esse tema e conhecer práticas aplicáveis ao seu negócio, visite nosso blog e explore conteúdos estratégicos que podem transformar a forma como sua empresa cuida do bem-estar no trabalho.