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Plano de cargos e salários: como fazer e conectar ao plano de carreira

<span id=hs_cos_wrapper_name class=hs_cos_wrapper hs_cos_wrapper_meta_field hs_cos_wrapper_type_text style= data-hs-cos-general-type=meta_field data-hs-cos-type=text Plano de cargos e salários: como fazer e conectar ao plano de carreira

| 7 Minutos de leitura

| 26 Dezembro, 2025


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Plano de cargos e salários: passo a passo completo
10:50

Um plano de cargos e salários funciona como um “GPS” do RH: ele organiza as funções da empresa, define faixas salariais, níveis de senioridade, critérios para evolução e regras de remuneração (incluindo políticas de bônus, quando aplicável). Na prática, ajuda a pagar com mais justiça, reduzir ruídos com o time e dar previsibilidade para liderança e finanças.

 

E tem mais: com a agenda de transparência salarial, esse tema deixou de ser apenas um “projeto de RH” e passou a envolver também gestão de risco, governança e marca empregadora.

 

Neste guia, você vai ver um passo a passo objetivo para sair do improviso: estruturar cargos, construir faixas, conectar com um plano de carreira e preparar sua base para o relatório de transparência salarial.

 

O que é um plano de cargos e salários (e por que ele importa)

Um plano de cargos e salários é um conjunto de políticas, critérios e estruturas que organiza como a empresa define cargos, níveis e remuneração — com consistência e transparência. Em vez de decisões “no improviso”, ele cria uma lógica clara para pagar, reconhecer e desenvolver pessoas ao longo do tempo.

 

Na prática, um bom plano define:

 

  • Arquitetura de cargos: quais cargos existem e como se conectam

  • Níveis e senioridades: por exemplo, júnior, pleno, sênior; coordenação, gerência

  • Faixas salariais por cargo/nível: mínimo, referência e máximo

  • Critérios de movimentação: promoção, mérito, reajuste, mudança lateral

  • Governança: quem aprova, quando revisa e como documenta decisões

Como isso melhora processos de RH (e reduz retrabalho)

Quando o plano está bem estruturado, o RH deixa de “apagar incêndios” e ganha base para processos mais consistentes, como:

 

  • Recrutamento e seleção: vagas mais alinhadas ao nível e à faixa correta

  • Avaliação de desempenho: critérios de evolução conectados a entregas e competências

  • Plano de carreira: trilhas claras para crescimento, sem promessas vagas

  • Cargos e salários: revisões mais justas, com menos exceções e menos ruído

Impacto direto no clima organizacional

A remuneração é um dos temas mais sensíveis dentro das empresas. Quando não há critérios claros, cresce a sensação de “depende de quem pede” — e isso afeta confiança, engajamento e retenção.

Com um plano de cargos e salários, você reduz esse tipo de desgaste porque:

 

  • aumenta a percepção de justiça (mesmas regras para todos)

  • melhora a transparência na comunicação de expectativas

  • fortalece a confiança na liderança e no RH

  • diminui conflitos e comparações improdutivas

Sem esse plano, cada ajuste vira uma “negociação caso a caso”, o que amplia a percepção de injustiça, dificulta retenção e deixa a empresa vulnerável em conversas sensíveis (inclusive as ligadas à igualdade e transparência salarial).

Plano de cargos e salários x plano de carreira: como as peças se encaixam

É comum tratar esses dois temas como sinônimos, mas eles respondem a perguntas diferentes — e, quando andam juntos, o RH ganha clareza e consistência.

 

Comparativo rápido: O que cada ferramenta oferece:

  • Plano de cargos e salários: define a estrutura:

    Quais cargos existem? Quais níveis? Qual faixa salarial? Quais critérios para reajuste e promoção?

  • Plano de carreira: define o caminho

    O que a pessoa precisa desenvolver para crescer? Quais competências e entregas levam ao próximo nível? Quais trilhas (técnica/gestão) existem?

Exemplo prático: Analista de RH

Imagine o cargo Analista de RH.

No plano de cargos e salários, você define:

Níveis:

  • Jr = Júnior (nível inicial, menor autonomia/complexidade)
  • Pl = Pleno (nível intermediário, mais autonomia e consistência nas entregas)
  • Sr = Sênior (nível avançado, alta autonomia, maior impacto e influência)
Faixas salariais (exemplo):

  • Jr: R$ X–Y

  • Pl: R$ Y–Z

  • Sr: R$ Z–W
Regras: quando há ajuste por mérito, quando é promoção, quem aprova e em qual ciclo

No plano de carreira, você define:

O que diferencia Jr, Pl e Sr na prática


  • Jr: executa rotinas com supervisão e aprende processos

  • Pl: assume projetos com autonomia e entrega com consistência

  • Sr: lidera iniciativas, influencia decisões e desenvolve outros

Trilhas de desenvolvimento: cursos, experiências, projetos e metas por nível


Marcos: entregas e evidências que mostram que a pessoa está pronta para evoluir

Como as ferramentas se conectam

  • A descrição de cargo define escopo e expectativas (base para ambos)

  • As faixas salariais garantem coerência e evitam distorções entre áreas

  • O plano de carreira explica “como crescer” (não só “quanto ganha”)

  • A liderança passa a conversar sobre evolução com critérios e evidências, e não por percepção ou urgência

💡 Em resumo: cargos e salários organizam o sistema; o plano de carreira dá direção e sentido. Quando as duas ferramentas se alimentam, você reduz ruído, melhora a experiência do colaborador e fortalece o clima organizacional.

 

📌 Pode interessar também a leitura do artigo: O Employee Experience: o que é e como fortalecer cultura e RH



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Passo a passo para criar um plano de cargos e salários do zero (com governança e escala)

Um plano de cargos e salários bem-feito não começa pela faixa salarial. Ele começa pela arquitetura do trabalho: entender como a empresa está organizada, quais decisões precisam ser tomadas e quais critérios vão sustentar essas decisões de forma consistente ao longo do tempo.

Passo 1:

Faça um diagnóstico da estrutura atual (o “mapa” antes da rota): antes de propor mudanças, construa uma fotografia objetiva do cenário:

  • Inventário de cargos: título, área, gestor, quantidade de pessoas e localização (se houver)
  • Vínculos e modelo de contratação: CLT, estagiário, temporário, PJ (se aplicável)
  • Sobreposições e inconsistências: mesmo cargo com nomes diferentes (ex.: “Analista de Operações” x “Analista de Processos”) ou mesmo nome de cargo com escopos distintos (o problema mais comum)
  • Cargos críticos: identifique alta rotatividade, impacto no negócio, dificuldade de reposição

O objetivo aqui não é “corrigir” tudo — é criar uma base confiável para decisões, sem contaminar o projeto com exceções desde o início.

Passo 2: Estruture (ou revise) descrições de cargo com foco em governança.

A descrição de cargo não se limita a um texto meramente estético; ela constitui um instrumento de decisão. É imperativo que seja concisa, comparável e funcional para as áreas de liderança, Recursos Humanos e finanças.

 

  • Missão do cargo: por que ele existe, em 2–3 linhas
  • Principais responsabilidades: entregas-chave
  • Escopo e limites: o que entra e o que não entra como responsabilidade
  • Requisitos e competências: técnicas e comportamentais, com nível esperado
  • Interfaces: com quem interage e por quê
  • Nível hierárquico e reporte: a quem responde e se lidera pessoas.

Regra prática de especialista: se a descrição estiver vaga, a faixa salarial vira “chute”, e o plano perde credibilidade — internamente e em auditorias.

Passo 3: Desenhe a hierarquia e os níveis (a “job architecture”)

Exemplo simples e eficiente:

  • Trilha técnica: Jr → Pl → Sr → Especialista
  • Trilha de liderança: Coordenação → Gerência → Direção
    Defina critérios mínimos para cada nível (impacto, autonomia, complexidade, influência).

Passo 4:  Inclua o mercado em sua análise (sem se tornar refém dele)

  • Compare cargos-chave com referências externas (pesquisas, benchmarking, consultorias).
  • Use o mercado como limite de realidade, não como única regra: faixa precisa caber no orçamento e no modelo de negócio.

Passo 5: Crie faixas salariais por cargo/nível (com lógica clara)

Uma boa faixa costuma ter:

  • mínimo (entrada/ajuste);
  • médio (referência do nível);
  • máximo (teto do nível antes de promover/mudar trilha).

E defina quando alguém anda dentro da faixa (mérito/performance) e quando precisa mudar de nível (promoção).

Passo 6: Defina política de movimentação e revisão

Exemplos de regras simples:

  • ciclos semestrais/anuais de revisão de faixas;
  • reajuste por mérito com critérios objetivos;
  • promoção só com requisitos do próximo nível + orçamento aprovado;
  • mudanças laterais com faixa-alvo definida.

Passo 7: Conecte tudo ao plano de carreira (para virar ferramenta de retenção)

A chave para o sucesso reside na transformação do plano em um diálogo contínuo.

  • competências por nível;
  • trilhas de aprendizado;
  • marcos de performance;
  • rituais de check-in (1:1, avaliação, calibragem).

Transparência salarial: como preparar a base para o relatório e reduzir riscos

Se sua empresa precisa lidar com relatório de transparência salarial, o trabalho começa muito antes do envio: começa em ter cargos bem definidos, faixas coerentes e critérios documentados. A Lei 14.611 e sua regulamentação colocam o tema de igualdade salarial e transparência em evidência — e isso impacta comunicação interna e governança.

 

Boas práticas para se preparar:

 

  • padronize nomenclaturas de cargos (evita comparações distorcidas);
  • garanta consistência entre descrição, nível e faixa salarial;
  • documente critérios de remuneração e progressão (e aplique de verdade);
  • crie um ritual de revisão de distorções (com RH + liderança + financeiro).

Você pode conferir também nosso guia sobre o tema: Principais dúvidas em relação ao relatório de Transparência

Como tecnologia e folha integrada sustentam o plano

Quando o plano de cargos e salários cresce, planilhas e documentos soltos começam a falhar: versões se multiplicam, aprovações se perdem e o histórico vira um risco. Por isso, um HCM com folha integrada deixa de ser só eficiência e passa a ser parte da governança do plano.

 

Na prática, a tecnologia ajuda a:

 

  • centralizar descrições de cargo com histórico e versionamento;

  • registrar critérios e evidências (promoção, mérito, movimentação);

  • controlar mudanças de cargo/nível com trilha de aprovação;

  • conectar cargos e faixas à folha, reduzindo inconsistências e retrabalho;

  • gerar relatórios mais confiáveis e auditáveis, apoiando transparência e decisões defensáveis.

O resultado é um RH menos “operacional de conferência” e mais estratégico: com dados rastreáveis, previsibilidade de custos e conversas mais claras sobre evolução e remuneração. Isso fortalece a confiança interna, melhora o clima e prepara a empresa para demandas como o relatório de transparência salarial.

 

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Perguntas Frequentes

O que é um plano de cargos e salários?

É a estrutura que organiza cargos, níveis e faixas salariais, com regras claras de evolução e governança.

Plano de cargos e salários é o mesmo que plano de carreira?

Não. Cargos e salários definem estrutura e faixas; o plano de carreira define trilhas, competências e crescimento.

Como fazer um plano de cargos e salários passo a passo?

Mapeie cargos, revise descrições, defina níveis, pesquise mercado, crie faixas e estabeleça critérios de movimentação e revisão.

Como o relatório de transparência salarial se conecta ao plano?

Um plano de cargos bem estruturado facilita coerência de cargos/faixas e reduz distorções, ajudando na governança e na comunicação.

Com que frequência revisar faixas e política salarial?

Normalmente 1x por ano (ou semestral em empresas em rápido crescimento), com governança e orçamento definidos.

Olá! Sou a Lorena, criadora de conteúdo na Buk. Amo escrever, contar histórias e traduzir mundos com propósitos tra...

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